Fusco Lusco

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

ao ponto de partida

Ele caminhou lentamente, como se o seu peso o quisesse arrastar para o ponto de partida; ponto que o fazia sempre regressar, embora, por vezes duvidadasse das suas pretenções.
Queria seguir em frente, com a determinação suficiente para conseguir perder de vista o caminho que ficava para trás. Mas a memória batia-lhe à porta, insistentemente, sibilante... memória que,com o passar das horas se tornava indesejada.
Olhava para trás e olhava para trás mais uma desencorajada vez. E ao voltar-se e dar o passo seguinte já sentia de novo o arrastar lento do futuro que atravessava sem alento.

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