Fusco Lusco

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Uma palavra dorme em seu casulo
de saliva lavrada
está viva porém muda
e anulada

Uma palavra hiberna em seu conteúdo
seu buraco de som
seu palácio de letras:
Bela adormecida à espera de que tudo
volte a acordar nos poetas.

José Carlos Ary dos Santos

(ao Poeta que partiu neste mesmo dia de 1984)

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