Fusco Lusco

terça-feira, outubro 31, 2006

Lopes Graça

CONCERTO DE ABERTURA
DO ANO ACADÉMICO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

LOPES GRAÇA
viagens na minha terra
7 predicações dos lusíadas
pequeno cancioneiro do menino jesus


AULA MAGNA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA 07DE NOVEMBRO
21.30H
ENTRADA LIVRE
Jean Sébastién Béreau _Maestro
José Robert _Maestro dos Coros


Solistas:
João Rodrigues _Tenor
Jorge Martins _Barítono
Ana Paula Rodrigues _Soprano
Sílvia da Silva Martinho _Mezzosoprano
Raquel Marques _Contralto

Orquestra A2M
Coro da Universidade de Lisboa
Coro de Câmara da Universidade de Lisboa

Declamadores:
Maria do Céu Guerra e Luís Lucas

segunda-feira, outubro 23, 2006

Audrey

Flores

Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
De uma manhã futura.

Sophia de Mello Breyner

lotus

quarta-feira, outubro 18, 2006

O sorriso

Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

Eugénio de Andrade

terça-feira, outubro 17, 2006

A noite passada

A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste

A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámose então dissemos
aqui vivemos muitos anos

A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhastedepois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"

Sérgio Godinho

domingo, outubro 15, 2006

...

um caleidoscópio de emoções rodopiando na esquina da minha rua... e o tempo a embalar as folhas caidas deste meu outono.

menino de papel

Bernard Jeunet

Taxas moderadoras na saúde

Informo que está a decorrer na net em www.petitiononline.com/taxamod/petition.html um abaixo assinado contra as taxas moderadoras na cirurgia e internamento que o Ministro da Saúde pretende implementar, por isso, quem quiser pode subscrever, no entanto, em qualquer dos casos, reencaminhe a mensagem para todos os seus contactos de forma a que esta possa chegar ao maior número de pessoas possível.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Não posso adiar o coração

Não posso adiar o amor

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

terça-feira, outubro 10, 2006

Para que a arte...

Para que a arte possa ser arte, não se lhe exige uma sinceridade absoluta, mas algum tipo de sinceridade. Um homem pode escrever um bom soneto de amor sob duas condições - porque está consumido pelo amor, ou porque está consumido pela arte. Tem de ser sincero no amor ou na arte; não pode ser ilustre em nenhum deles, ou seja no que for, de outro modo. Pode arder por dentro, sem pensar no soneto que está a escrever; pode arder por fora sem pensar no amor que está a imaginar. Mas tem de estar a arder algures. De contrário não conseguirá transcender a sua inferioridade humana.
Heróstrato e a busca da imortalidade
Fernando Pessoa

domingo, outubro 08, 2006

no azul...

Miguel Guilherme

domingo, outubro 01, 2006

Beatriz

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que ela é louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu

Chico Buarque e Edu Lobo

A caminho da música


há um violoncelo a caminho do Oriente... já percoreu a costa da India e deverá chegar entretanto ao seu destino.....

dia mundial da música

Este é o dia que devia ser todos os outros.
Se todos os outros dias fossem também este,
com a música a invadir as manhãs de toda a gente,
tudo seria mais mais mais especial,
mais leve e agradável na vida