Fusco Lusco

domingo, dezembro 16, 2007

Se tivesse de recomeçar a vida (2)

"Não sei nada, não sei nada, e saio deste mundo com a convicção de que não é a razão nem a verdade que nos guiam: só a paixão e a quimera nos levam a resoluções definitivas."
Raul Brandão

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A escola que temos (2)


Uma aula de Português

Das coisas inesperadas e improvisadas, conseguia asas de bastante eficácia.
Fosse o material escasso que apenas para uma chegasse e mesmo essa se revelaria suficiente para o voo.
Certa vez até uma só perna chegou.
E com uma palavra cujo sentido não procurou reconhecer, planou sem atrito entre diversas realidades.
Deodato Santos

Natal

Aproxima-se o Natal e só agora o frio se faz sentir verdadeiramente, como já se tivesse instalado há mais tempo. É interessante constatar como o menino Jesus teima em nascer, todos os anos, na mesma noite de consoada. Talvez esteja com isso,a querer lembrar os comuns mortais que, de uma vez por todas, devem aprender a viver o espírito do Natal: partilhando a paz e a riquesa humana que está por certo, escondida, esquecer a hipocrisia e dar-se ao próximo. O menino Jesus é preseverante. Nasce sempre, já o sabemos e nem sequer um berço quentinho lhe preparamos. Lá tem o pobre que nascer num presépio frio e carente de conforto. Mas nós, quentinho é que não nos falta. O que haverá a aprender com tudo isto?

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segunda-feira, dezembro 10, 2007

Nas nossas escolas (1)


Se tivesse de recomeçar a vida (1)

"O homem é tanto melhor quanto maior quinhão de sonho lhe couber em sorte"
Raul Brandão

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Carta X

Tenho conhecimento de que fazes parte dos amigos mais íntimos de Dion e que sempre o foste, manifestando a sabedoria de carácter próprio à filosofia: porque a firmeza, a fidelidade, a sinceridade são o que chamo a verdadeira filosofia.
Quanto às outras ciências, às outras habilidades que têm fins diferentes, creio chamá-las correctamente, qualificando-as de destrezas. Vaamos, porta-te bem e conserva a atitude que até aqui te tem conservado.

Carta de Platão a Aristodoro

Confessionário

AQUI está um vídeo divertido passado num confessionário espanhol.

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Eça e a música

Encontrei AQUI um inventário comentado das referências musicais nos romances de Eça de Queirós.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Darfur

ARTISTAS PORTUGUESES PORDARFUR
"Frágil... é um dos inéditos que integram esta Colectânea de Artistas Portugueses, um cd-duplo editado pela Campanha porDarfur e cuja totalidade das receitas se destinam à ajuda humanitária, das vítimas da fome, da guerra e do genocídio em Darfur, Sudão.
A iniciativa Artistas Portugueses porDarfur reúne 28 artistas/grupos, será apresentada publicamente, quarta-feira dia 5, no âmbito da Conferência da Campanha Por Darfurque trará a Lisboao Prémio Sakharov 2007, o advogado sudanês Salih Mahmoud Osman e contaráainda com a honrosa presença do Bispo Auxiliar de Cartum, D. DanielKunt, em visita ao nosso País, entre muitas outras personalidades portuguesas convidadas para o efeito.

A iniciativa - Artistas Portugueses PorDarfur tem já agendadas mais duas acções públicas de sensibilização e apresentações da colectânea Frágil, designadamente na
FNAC do Norte Shopping(dia 7 Dezembro, às19h) e na
FNAC do ForumCoimbra (dia 12 Dezembro, às 21h).

Todas as receitas resultantes da venda do CD duplo e donativos recolhidos revertem para projectos humanitários de ajuda às populações do Sudão."
Toda a informação em www.pordarfur.org

Se estiverem perto não deixem de passar num dos três locais!

Colaborem e divuguem!

Darfur...agradece-vos!

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domingo, dezembro 02, 2007

De correr mundo

De correr mundo as terras e os humanos
como paisagem que ante os olhos passa,
e às vezes percorrer umas e outros
nos breves intervalos entre duas viagens,
uma incerteza deixa que é diversa
da que se aprende no convívio longo:
quem se demora vê, sob as fachadas
ou as perspectivas de alta torre feitas
um gesto em que se mostra uma outra vida,
ou troca frases que desnudam crua
o que de interno ser sob as fachadas vive;
mas quem só passa e mal aos outros toca
com mais que olhares ou fugidias vozes,
mais adivinha o que não é paisagem
mas dia a dia tão diverso dela
ou pelo menos para além ansioso.
Mas, se num caso a vida se conhece
e noutro caso nos conhece a nós,
por ambos aprendemos que do mundo
se vive o que não passa, ou se não vive
o que passando é só terras e gentes -
-o conhecer, porém, não se conhece nunca.
Apenas resta a escolha: como descobrir
essa experiência inútil. Antes, pois,
correr do mundo as terras e os humanos
que consumir-se alguém ao lado deles sempre.

Jorge de Sena
in Visão Perpétua
SB 3/10/1972

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Ópera "W"

O interesse do tema decorre especialmente da obra de Walter Benjamin, o homem concreto que pensou o regime das imagens, da arte, da técnica, da literatura; o cinema; o das grandes cenografias públicas (as arcadas, as cidades); a ilusão (nomeadamente com as suas experiências com drogas), a modernidade, o estético e o político...Walter Benjamin morreu na fronteira franco-espanhola, em Port Bou, depois de se juntar a um grupo de refugiados que tentam escapar à perseguição nazi. As circunstâncias e a data da sua morte não são claras. Terá acontecido quando Benjamin chega a Port Bou e é (ou supôs ter sido) ameaçado, pelos funcionários da fronteira espanhola, de ser reenviado para França onde seria entregue à Gestapo. Convencido que tinha falhado a sua tentativa de atingir Lisboa para chegar aos EUA (juntando-se a outros refugiados alemães famosos, como Adorno, Horkheimer, Schoenberg, Brecht, Thomas Mann, Kurt Weill), Benjamin, nessa noite, no Hotel De Francia, ter-se-á suicidado tomando vários comprimidos de morfina e terá falecido a 27 (ou 28) de Setembro de 1940.O fio narrativo convocado para este projecto centra-se no essencial deste episódio: um homem (qualquer homem) foge para a liberdade, mas morre (suicida-se?) antes de o conseguir, literalmente a poucos quilómetros de ser livre, numa espécie de desistência existencial perante a possibilidade de ser entregue aos seus perseguidores:Quase em Lisboa. Quase refugiado nos EUA. Quase livre. Uma decepção trágica da história concentrada num homem.Seguimos o homem que protagonizou uma tal morte e que é transformado em W, personagem cujo destino o público conhece previamente. Destino que é acentuado na tragédia de um «quase», pela possibilidade não cumprida. Ora, este «quase» é, também, na leitura proposta por esta ópera, um traço biográfico da personagem real e do seu pensamento fragmentado.Ciente da incompletude, o homem que pensou as «passagens» ficou do lado de fora da «porta», no seu «limiar», fazendo cair sobre a sua própria existência a coragem de uma hesitação.Morreu. Abstendo o pensamento de mais pensar. Aceitando um caminho com um sentido único.
josé júlio lopes


Música e Libreto José Júlio Lopes

Dramaturgia Paula Gomes Ribeiro

Apoio dramatúrgico Filomena Molder

Electrónica Carlos Caires

Vídeo Rosa Coutinho Cabral, José Júlio Lopes e Carlos Caires

Figurinos Rita Lopes Alves


OrchestrUtopica

Direcção musical Tapio Tuomela
CULTURGEST - 13,14 e 15 de Dezembro - Grande Auditório

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volta

tenho passado por cá poucas vezes.não por alguma razão especial, apenas porque não tem aparecido a tal inspiração ou pequena vontade. o tempo tem sido pouco e as opções práticas da vida têm imperado... pode ser que desta vez as mensagens andem para a frente.