segunda-feira, outubro 22, 2007
domingo, outubro 21, 2007
a frase
" Eu não sigo escola alguma. As escolas morreram. Nós os novos só procuramos a originalidade"
Amadeu de Souza-Cardoso
Amadeu de Souza-Cardoso
Etiquetas: ARTE
Lápis
Encontrei um lápis usado, perdido numa sala de museu. Seria de algum artista, visitante incógnito, procurando fazer esquiços no meio do borburinho provocado por um grupo atento à voz de um guia. Ou então, no sossego da sala, o artista aproveitára a liberdade da solidão, no momento, para riscar ideias, saídas de paredes repletas de uma arte totalmente nova para si.
Peguei no lápis. Rodei-o procurando marcas de um artista e encontrei-lhe uma certa nobreza, apenas quando decidi começar a escrever palavras de uma inscrição que se encontrava numa parede branca ... então verifiquei que a letra já não era minha.
Peguei no lápis. Rodei-o procurando marcas de um artista e encontrei-lhe uma certa nobreza, apenas quando decidi começar a escrever palavras de uma inscrição que se encontrava numa parede branca ... então verifiquei que a letra já não era minha.
Etiquetas: DIVAGAÇÕES
quarta-feira, outubro 17, 2007
Presente distante 3
Encontro-me aqui. Contigo. Na confluência das margens dos livros que, desordenados, espelham a minha alma difusa. É a reflexão que sustenta o meu relógio de horas marcadas...são os pensamentos que se perdem, nas páginas desse livro que leio hoje e que, amanhã, possivelmente, estará perdido. Para além de outros livros ... diluido na luz de um novo dia.
Etiquetas: POESIA
domingo, outubro 14, 2007
Os pássaros
Os pássaros não têm público mais inteligente do que os pássaros, porque eles não têm nenhum preconceito. Eles não escutam coisa ruím. Eles estão lá no mato, inclusivé estão agora até nas cidades . Agora as cidades que têm árvores, eles estão dando uma aula de vida para as pessoas, o bem da vida, cantando, todos eles cantando. São músicos eternos.
Hermeto Pascoal, entrevista com Carlos Vaz Marques
sábado, outubro 13, 2007
quinta-feira, outubro 11, 2007
Primavera Precoce
Quem disse que a pintura deve parecer-se com a realidade?
Quem o disse vê com olhos de não entendimento
Quem disse que o poema deve ter um tema?
Quem o disse perde a poesia do poema
Pintura e poesia têm o mesmo fim:
Frescura límpida, arte para além da arte
Os pardais de Bain Lun piam no papel
As flores de Zhao Chang palpitam
Porém o que são ao lado destes rolos
Pensamentos-linhas, manchas-espíritos?
Quem teria pensado que um pontinho vermelho
Provocaria o desabrochar da primavera?
Su Dong Po
Quem o disse vê com olhos de não entendimento
Quem disse que o poema deve ter um tema?
Quem o disse perde a poesia do poema
Pintura e poesia têm o mesmo fim:
Frescura límpida, arte para além da arte
Os pardais de Bain Lun piam no papel
As flores de Zhao Chang palpitam
Porém o que são ao lado destes rolos
Pensamentos-linhas, manchas-espíritos?
Quem teria pensado que um pontinho vermelho
Provocaria o desabrochar da primavera?
Su Dong Po
Gostaria
Este post é para a minha amiga Margarida, uma visitante assídua deste meu simples blog
Gostaria
Gostaria
De vir a ser um grande poeta
E que as pessoas
Me pusessem
Muitos louros na cabeça
Mas aí está
Não tenho
Gosto suficiente pelos livros
E penso demais em viver
E penso demais nas pessoas
Para estar sempre contente
De só escrever vento
Boris Vian
Gostaria
Gostaria
De vir a ser um grande poeta
E que as pessoas
Me pusessem
Muitos louros na cabeça
Mas aí está
Não tenho
Gosto suficiente pelos livros
E penso demais em viver
E penso demais nas pessoas
Para estar sempre contente
De só escrever vento
Boris Vian
Etiquetas: POESIA
quarta-feira, outubro 10, 2007
O escritor e a sua biblioteca
Neste momento encontramo-nos na sala dos livris sobre a américa do Norte. Eu moro numa biblioteca, é a realização de um sonho de Borges. Mas não precisei para isso tornar-me bibliotecário: cheguei ao mesmo fazendo o inverso, criando uma biblioteca à minha volta. Não li integralmente todos os meus livros mas folheei-os a todos, e se falta alguma informação, posso ir directaments ao livro que ma prestará. (...) Só me faltam umas férias para poder ler os meus livros tranquilamente: antigamente, consagrava o meu tempo livre à pesquisa de livros, agora tenho os livros mas falta-me tempo livro. Posso deixar um livro dormir numa prateleira, mas um belo dia preciso dele; reencontro-o, e até me parece que me censura por tê-lo abandonado durante tanto tempo. Eu sou o nómada da minha biblioteca.. Por vezes, num velho livro, descubro um papel que alguém deixou, uma flor seca. Não me desagradaria acabar assim, seco e espalmado entre as páginas de um livro.
in Hugo Pratt, O desejo de ser inútil
Etiquetas: LITERATURA
segunda-feira, outubro 08, 2007
A palavra...
A palavra é uma estátua submersa, um leopardo
que estremece em escuros bosques, uma anémona
sobre uma cabeleira.
Por vezes é uma estrela
que projecta a sua sombra sobre um torso.
Ei-la sem destino no clamor da noite,
cega e nua, mas vibrante de desejo
como uma magnólia molhada.
Rápida é a bocaque apenas a
flora os raios de uma outra luz.
Toco-lhe os subtis tornozelos, os cabelos ardentes
e vejo uma água límpida numa concha marinha.
É sempre um corpo amante e fugidio
que canta num mar musical o sangue das vogais.
António Ramos Rosa
que estremece em escuros bosques, uma anémona
sobre uma cabeleira.
Por vezes é uma estrela
que projecta a sua sombra sobre um torso.
Ei-la sem destino no clamor da noite,
cega e nua, mas vibrante de desejo
como uma magnólia molhada.
Rápida é a bocaque apenas a
flora os raios de uma outra luz.
Toco-lhe os subtis tornozelos, os cabelos ardentes
e vejo uma água límpida numa concha marinha.
É sempre um corpo amante e fugidio
que canta num mar musical o sangue das vogais.
António Ramos Rosa
Auditu
A prestigiada discoteca da cidade de Leiria está de parabéns. Comemora este mês o seu vigésimo aniversário.
Sou cliente assídua desde a sua abertura...
Um espaço que prima pela excelência profissional e muita simpatia.
Felicidades musicais.
Sou cliente assídua desde a sua abertura...
Um espaço que prima pela excelência profissional e muita simpatia.
Felicidades musicais.
Etiquetas: MÚSICA
domingo, outubro 07, 2007
sexta-feira, outubro 05, 2007
Pinheiro Manso
Esta semana assisti ao abate de um lindo pinheiro manso que se encontrava à entrada do estabelecimento onde trabalho.Já me habituara a "cumprimentá-lo" todos os dias. Era grande e bonito.Mas, como as suas raizes começaram a incomodar muros e arruamentos, encontraram-lhe um outro destino.
quinta-feira, outubro 04, 2007
Próxima Estação
Dou as boas vindas à recentemente criada Próxima Estação-Associação Cultural divulgando aqui as suas primeiras actividades.
Desejo a esta Associação uma vida longa e plena de sucesso.
Desejo a esta Associação uma vida longa e plena de sucesso.
Etiquetas: DIVULGAÇÃO
Brunch é bom!
Um pequeno almoço tarde e a más horas
7 de Outubro, Domingo, das 12h às 15h, 7 euros
na Fábrica Braço de Prata
Comida, convívio, música ambiente, projecções de vídeo, jornais e revistas - tudo isto num ambiente tranquilo e acolhedor onde se combina um breakfast+lunch para um descontraido pequeno-almoço buffet num dia de Domingo.
Acessos a partir da Praça 25 de Abril e da Rua Fernando Palha (Poço do Bispo)
Próxima Estação - Associação Cultural
7 de Outubro, Domingo, das 12h às 15h, 7 euros
na Fábrica Braço de Prata
Comida, convívio, música ambiente, projecções de vídeo, jornais e revistas - tudo isto num ambiente tranquilo e acolhedor onde se combina um breakfast+lunch para um descontraido pequeno-almoço buffet num dia de Domingo.
Acessos a partir da Praça 25 de Abril e da Rua Fernando Palha (Poço do Bispo)
Próxima Estação - Associação Cultural
Etiquetas: DIVULGAÇÃO
Ela uma vez
Poesia em cena
11 a 28 de Outubro no Teatro Mundial
5ªa Sábado : 21.45h; Domingo: 17h
Ela uma vez é um espectáculo concebido a partir de textos poéticos de sete escritoras portuguesas e brasileiras que são o ponto de partida para uma viagem ao universo feminino.
Um encontro da poesia com o teatro, com a música e as artes plásticas, na busca de uma linguagem própria e de uma dramaturgia visual que privilegia a expressividade do corpo, do gesto e do movimento.
11 a 28 de Outubro no Teatro Mundial
5ªa Sábado : 21.45h; Domingo: 17h
Ela uma vez é um espectáculo concebido a partir de textos poéticos de sete escritoras portuguesas e brasileiras que são o ponto de partida para uma viagem ao universo feminino.
Um encontro da poesia com o teatro, com a música e as artes plásticas, na busca de uma linguagem própria e de uma dramaturgia visual que privilegia a expressividade do corpo, do gesto e do movimento.
Etiquetas: TEATRO